domingo, 8 de abril de 2012

Hoje eu quero escrever...

Hoje quero escrever pra uma parte do mundo
Pois ele é pequeno em dimensões e em espírito
E ainda assim o vemos grande, pois nós somos pequenos.
Perto dos mundos de prédios, olho shoopings, sertões, campos, praias, raias
crianças, mulheres, senhoras, costureiras, empregadas, empresárias ou arrumadeiras.

Quero declarar meu amor e ódio ao urbanismo,
Minha ira contra as meninas de grife que não podem mais ter bonecas e agora cismam em ser uma.
Quero recitar ou declamar o mundo aos músicos da rua, dos bares e noites,
Que ás vezes ninguém se quer tem olhos, pois os casais se olham, se beijam e só os ouvem no subconsciente.

Celebrar aos Arianos de 20 de Março a 20 de Abril, inconseqüentes e desvairados,
Batedores de cabeça nas paredes e provocadores de hematomas na sociedade devido ao espírito instintivo de animais carentes mal amados, mas que sabem amar muito bem mesmo que ninguém os entenda.

Saudar as mulheres e aplaudir a falta de preconceito e a aula de rebeldia que lecionam aos homens falsos moralistas que as apontam, mas não são apontados pelas traições que eles mesmos cometem com as Deusas gregas que lavam e passam em suas casas.

Quero saudar os gritos de CAZUZA, poeta que vive paralelamente em 2 mundos.
O mundo dos vivos onde ele está e o dos quase mortos onde estamos e ele permanece vivo.
Mesmo com o tempo não parando e ainda mais sabendo o quanto por aqui ele vive pairando.

Deixar um abraço às crianças, professoras da verdade que perguntam para onde vai o Sol depois da 6 da tarde quando na verdade os professores mal sabem aonde eles vão depois de um trabalho às 10 da noite.
Crianças que mudam seus brinquedos quando crescem e às vezes viram brinquedos do mundo e de uma sociedade revestida de boas maldades.

Quero escrever aos amores que não me corresponderam ou que tem medo de alguma coisa e pedir pra apontar esse medo em um espelho e depois dar um tiro pra que ele se destrua em pedaços de vidro arrastado pra uma lata de lixo chamada fé que recicla os seus cacos e fazem um diamante de brilhos infinitos renomeado Amor e com A maiúsculo.

Também deixar umas palavras as estrelas, que me acompanham nas minhas noites de diversões com músicas e ideologias próprias de prazer, nem que o prazer seja um sorvete de chocolate que relembre os meus 8 anos onde desde aquela época já brincava de lapidar meninas e me apaixonar por elas.

Escrever que quero ser alquimista, pra fazer as estrelas caírem nas minhas mãos e
decifrá-las a tal ponto onde eu descubra que em suas formas e brilho quente tem uma essência de mulher e assim aprender a lidar com as verdades delas.

Quero traduzir aos meus amigos de história de vida que não há como esquecer o que Deus aponta ao mundo. Amizade é natureza como Lua, Lago, Vulcão, Mar, Subsolo e Rocha que nem o tempo e nem os milênios conseguem destruir e deixar de mostrar que eles estão lá.

Quero declarar um acordo com o Sol, empurrá-lo a todos os cantos do planeta em poucas horas. Pra vagar o mundo todo pelas 24 horas e mudar o humor do mundo com sua pose incendiária.

Mas que seja a luz de benção a ponto de derreter os canhões porta vozes de guerra e aquecer os solos úmidos de lágrimas tristes brotando sementes e árvores brancas de Paz.

Escrever pra minha melhor amiga que chora ao ir embora de casa que o mundo
poderá tê-la como amiga quebrando nosso egoísmo, pois tudo que é bom no mundo nem sempre é só pra umas poucas pessoas.

E escrever que por mais exagero que possa ter posto em letras insinuantes
ou deliberadamente provocadoras, meus excessos, ainda assim, serão testemunhados
por todos esses a qual declamei e quis escrever. Até as rochas.
Pois tudo e todos são nobres, e mesmo não tendo sangue azul, nosso Planeta tem a mesma cor divina.
E as estrelas do universo aos nossos olhos são nobremente
azuis e podemos assim enobrecer, mesmo que sejamos simplesmente rocha.

Gui/2004

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